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Mergulhando 

nas

Memórias

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Artistas

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Clary

Clary de Angelis Martinez

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Doces memórias de infância

Com 4 ou 5 anos, quando quase tudo é misterioso. No silêncio absoluto daquele pedacinho do mundo, eu me assustava com o barulho de aviões. Talvez porque fossem raros ou na minha pequenez, os via como algo estranho, poderoso e ameaçador. O fato é que meus  amorosos pais, criaram uma saída para este "medo". Toda vez que ouviam o barulho do avião, discretamente faziam cair uma chuva de balas! Fui até gostando que eles aparecessem e a alegria tomou o lugar da tensão. Sábios eles. 

Ainda nesta época, papai, veio almoçar em casa e me convidou para uma " voltinha" antes de retornar, nem pensei e disse não. Ele então pegou a trilha e já ia longe, quando comecei a chorar e gritar por ele que voltou paciente e amoroso que era. Me ergueu no colo e já íamos indo ao rápido passeio, quando pela segunda vez, desisti. Aceitou lá se foi tranquilamente. Chorei a tarde toda, numa mistura de arrependimento por tê-lo deixado ir e tocada com sua compreensão em não tê-lo acompanhado. Pode isso? Nunca mais me esqueci este fato.

Memória importante da vida

Ah! muitas também. Este acontecimento foi marcante, deixou claro a força que meus pais tinham, embora jovens, inexperientes e com .... pequenas ao superar algo, quase trágico e deixar em nossos corações indelével, que Deus existe e com ele superamos.

Resumindo...   é muito....

Eles venderam tudo possuíam na cidadezinha que moravam e vieram para São Paulo, com o propósito, vida mais promissora e condições melhores para nós crianças. Investiu o que seria seu projeto de vida, de um tudo, que foi perdido e ficamos sem nada numa terra gigante e desconhecida. Inesquecível. 

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Pessoa importante da vida

Bom, sem dúvida meus pais e marido! Obvio...

Olhe bem para eles, se piscarem, é o convite para seguir o caminho religioso. Confesso que muitas vezes, passei por eles de olhos fechados. Eh! Eh! Eh!

Além deles a Irmã Antoinette, minha professora, amiga e incentivadora, para que me tornasse sua companheiro de trabalho e fé. Me levava parto da clausura para ajuda-la corrigir as "sabatinas". Verdadeira aventura para mim. Mudou-se para Petrópolis e através de cartinhas continuamos nos falando. Guardo todas!! Inesquecível.

Em 2012, fui a Petrópolis abraça-la. Surpresa, foi sereno e arrebatador. 

Hoje, nome de batismo Irmã Terezinha Menks.

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Eliana Frattini Barbosa

Eliana

Olfato

Cheiros que transportam a momentos vividos, mamãe oa raspas o miolo de uma maçã embaixo de uma árvore e dar o sumo para mim. Passear de carrinho de bebe com meus avós, perto de uma padaria e sentir o cheiro de pão no ar. O cheiro que a chuva traz nos campos ao molhar as plantas e minha avó me alimentando com uma mamadeira quentinha.

 

Nascimento das minhas filhas

A gravidez foi muito importante na minha ida, cada etapa dela é um presente até hoje. Turbilhão de emoções, sentimentos de afeto, compartilhamento do momento, a gratidão de poder gerar alguém, o momento do nascimento, foram coisas novas que trouxeram para fora o inimaginável, foi muito curtido e apreciado uma benção e consequentemente a gravidez delas somando alegrias.

 

Meu marido

Meu companheiro, confidente, amigo, namorado em todas as ocasiões, dividimos decisões, emoções, tristezas, coragem, alegrias dentro de um contexto de respeito e amor.

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Emiko

Emiko Tanaka

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Memórias de infância

Tomar guaraná só no natal e ano novo e também roupas novas. Brincadeiras como pega-pega amarelinha e pique. Comer manga no pé se lambuzando toda!

 

Memória inesquecível 

Ir de trem do interior até São Paulo, levando de lanche pão com mortadela.

 

Pessoa importante

Minha mãe, imigrante e muito batalhadora, não deixou faltar nada mesmo com a vida difícil. Deu eu estudo para todos os seis filhos, cinco fizeram faculdade e eu só fiz o fundamental. Hoje faço faculdade idade ativa da terceira idade.

Helena

Helena Bellucci Tozzi

Quando criança tive uma infância feliz. Éramos em quatro irmãos: duas irmãs e um irmão e eu. Morávamos na fazenda do meu avô italiano. era uma fazenda muito linda. na fazenda moravam todos os filhos do meu avô e os colonos que ajudavam na colheita de café. Meu avô teve 17 filhos mas sobreviveram oito devido às pandemias que existiam na época. Eu e meus irmãos brincávamos muito. na época tínhamos várias brincadeiras legais como: passa Anel, roda esconde-esconde,  etc. Quando chegava à noitinha a gente se reunia para ouvir um dos empregados a contar histórias de fadas, príncipes e da madrasta má. Quando completei 8 anos meu avô vendeu a fazenda e mudamos para cidade. Era uma cidade do interior chamada Catanduva cidade pequena mas bem hospitaleira.

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Minha mãe queria que tivéssemos uma educação escolar boa. Por isso ela resolveu nos matricular no colégio de freiras na época um dos melhores colégios da cidade. Eu fiz apenas um ano no colégio depois voltei ao grupo escolar onde completei o currículo escolar. Meus irmãos continuaram no colégio. Eu não gostava de estudar lá, era muito rígido no tratamento das crianças. Como meus pais não se opuseram eu quis sair. Ao completar o currículo escolar fiz admissão para ingressar no ginásio. Passei nas provas e fiz o ginásio. Nós tínhamos parentes que moravam em Campinas. Eles foram passar um dia conosco em Catanduva e conquistaram meus pais para morar em Campinas. uma cidade grande onde havia muitas possibilidades para negócios e trabalhos. Meus pais ficaram entusiasmados,  com muita expectativa e  resolveram vir para cá aqui começou uma nova etapa de nossas vidas.

Foram dois momentos muito importantes na minha vida. O primeiro foi o casamento da minha filha, foi um casamento de princesa maravilhoso. Vieram toda a família, parentes e amigos. Nós estávamos radiantes e felizes era a primeira filha a casar. O segundo foi o nascimento do meu primeiro Neto. foi um dia inesquecível toda a família aguardando e orando logo veio o aviso que havia nascido um lindo menino forte e com saúde. hoje é um moço lindo e estudioso (vovó coruja)

Tive duas pessoas que foram importantes na minha vida: meu sogro e meu pai. Meu sogro ajudou-me no momento difícil. quando meu marido quebrou a perna. Ele não podia andar nem dirigir o carro e nós estávamos construindo nossa casa que estava numa fase difícil. Assim meu marido nos orientava para comprarmos os materiais necessários e eu e meu sogro resolvemos tudo, começamos a ver pisos, revestimentos e etc. Tivemos muitos contratempos mas foram resolvidos. Outra pessoa foi meu pai que dirigia para o meu marido em todos os lugares que ele tinha que ir. Ambos resolveram os obstáculos que surgiram. Essa ocorrência demorou 4 meses para meu marido ficar completamente bom, mas tudo se consolidou e minha casa ficou pronta. Minha gratidão a ambos. Aqui fica um pouco da história da minha vida.

Helenice

Helenice de Carlos Oliveira 

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Morava numa cidadezinha muito pequena minha família numerosa e sempre fomos muito simples. lembro da minha infância brincando em quintais, subindo em árvores para apanhar frutas ou brincar de roda nos finais da tarde em frente às casas. Natal não era comemorado em minha casa, não havia árvore de natal, nem tão pouco papai noel nos visitava. Porém quando eu estava com 5 ou 6 anos meu pai me presenteou no Natal com uma mobília de casa de boneca, toda completinha: sala quarto e cozinha, foi muito emocionante. Meu pai era marceneiro e fez todas as peças sem que eu percebesse. Lembro bem que os móveis eram pintados de azul, foi um Natal mágico jamais esqueci. 

Tenho dois momentos muito importantes na minha vida aliás os mais importantes que foram nascimento dos meus dois filhos. É muito emocionante marcante esses momentos. Acho que não existe outro fato que possa nos tocar tão profundamente. Para mim foi a realização de um sonho sempre quis ser mãe. 

Tive uma pessoa importantíssima na minha vida que foi minha irmã mais velha vim para Campinas morar com ela porque na cidadezinha que morava não havia escola após o ginásio. Então ela me convenceu a vir morar com ela e foi assim que virei companheira. ela foi importantíssima para mim. Tudo que sei e sou devo a ela. Ela foi sem dúvida minha segunda mãe me ajudou a me formar. Morei com ela até me casar. Após o nascimento dos meus filhos ela continuou presente em minha vida, inclusive cuidando deles eu trabalhava. Ela me amava muito e realmente foi a pessoa mais importante da minha vida.

Lucia

Lucia Maria Carlos

1 - Uma memória da minha infância é brincar com outras duas meninas. Tinha aproximadamente meus 5 anos. Brincávamos eu e minha irmã separadas por uma cerca de madeira. Me traz grande alegria essa brincadeira  e lembro que fazíamos comidinhas com nossas panelinha e terra...

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2- Minha formatura da faculdade,  um novo marco se iniciava na minha vida, era a ruptura do meu antigo status de dependente para nova fase de independência que se iniciava.

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3- Minha irmã, somos próximas de idade e de espírito.

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Luzia

Luzia Gurian de Oliveira

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Nasci na zona rural e permaneci até os 10 anos de idade. sempre gostei de estudar caminhava quilômetros até escola. tenho muitas lembranças reais de minha infância como são muitas vou notificar algumas delas que mais me marcaram.

1. minha mãe fazendo rosca doce em forma de trança, no fogão de lenha, era uma delícia, eu saboreava fresquinha saindo do forno.

2. meu pai assinava jornal Estadão, como chegava de trem meu pai ia buscar de charrete na cidade vizinha eu amava lia e folheava e encontrava algumas figuras interessantes.

3. Também gostava de subir no pé de manga, levava o caderno para estudar lá em cima da árvore e aproveitava e saboreava as mangas.

4. Minha avó paterna sempre morou perto de nós. Ela ajudou minha mãe nos partos das filhas. Minha avó usava dois pentes presos ao cabelo e eu gostava de pentear o cabelo dela. Era uma forma de demonstrar meu carinho que sentia por ela e ela por mim. Eu a amava muito.

Gal

Maria das Graças Loureiro de Oliveira Leite 

Lembro nitidamente que com 4 anos, todos os envolvidos achavam que eu era muito nova para decorar a música e dançar o pastoril, uma manifestação cultural bem presente no nordeste. Para a surpresa de todos fui a borboleta e a última do cordão encarnado, e fiz tudo por vários dias bem direitinho. Apesar de ainda falar errado.

Casei muito cedo, em 1970, aos 21 anos e com um desejo enorme de ser mãe. E realmente o nascimento dos meus 3 filhos foi o mais importante da minha vida. E agora o nascimento dos meus netos e netas.

Tenho várias para citar, inclusive alguns mestres do colégio, mas meu marido eu destaco. Conheci ainda menina e estamos juntos há mais de cinquenta anos. É meu companheiro de todas as horas, amigo, amante, pai dos meus filhos. Vivemos todas as fases boas e ruins sempre juntos. Temos uma vida para recordar.

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Madu

Maria do Carma de Souza (Madú)

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Minha árvore de Outono

Entre tantas memória a mais importante é o nascimento da minha filha.

Em 24 de agosto de 1977, uma quarta feira ensolarada, veio ao mundo uma linda bebê, para dar sentido a minha vida, a Marcela. Naquela época não usava fazer ultrassom para saber o sexo do bebê,  era uma surpresa na hora do nascimento, um sentimento de emoção e alegria tudo misturada. Na infância ela foi bailarina, jogadora de vôlei, natação, todo tipo de esportes, hj formada em Propaganda e Publicidade, exercendo a profissão na área, uma pessoa feliz,... e eu me considero uma mãe realizada!!!

Maria Ines

Maria Inês Carloti Vignatti

As minhas lembranças são relacionadas à minha família.

A lembrança mais importante da minha infância se refere ao meu pai.  Ele era condutor de bondes em Campinas, profissão que não era considerada nobre por alguns, mas que ele exerceu  com a maior nobreza.  Ele fazia, há sessenta anos, aquilo que hoje vem sendo valorizado pelas empresas, ou seja, que o funcionário dê um algo mais no seu trabalho. E ele dava, pois não só fazia a sua obrigação, receber o pagamento dos passageiros, mas ajudava as senhoras a subirem no bonde, carregando seus pacotes ou sua criança, tratava a todos com humor e delicadeza, provocava um jovem sentado para que ele desse o lugar para uma senhora em pé, e assim por diante. Um dia meu pai chegou em casa e disse para a família que deveríamos ir a um evento da “Non Scholae Sed Vitae”,  entidade presidida por uma professora francesa (que depois, quem diria, se tornou minha professora no Colégio) , que premiava os profissionais que se destacavam em sua profissão, porque ele seria homenageado e queria a família presente. 

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Até agora me emociono ao lembrar o momento em que ele subiu ao palco, muito aplaudido, para receber o seu Diploma de Honra ao Mérito, que guardo até hoje entre tantas outras homenagens por ele recebidas, tanto da mídia falada como da escrita.

Hoje ele tem um nome de rua em Campinas:  Av. Edmundo Vignatti, no Jardim Esmeraldina.

Eu acho que todos os fatos acontecidos em minha vida foram importantes, porque, de uma maneira ou de outra, contribuíram para meu crescimento  pessoal e profissional.  Portanto, importante para mim foi minha formatura na Faculdade de Letras, e meu emprego como Secretária Executiva, que me proporcionou sustentar minha família e conseguir tudo o que eu precisava e queria.

As pessoas mais importantes para mim foram meus pais, mas como meu pai faleceu muito cedo, quando eu tinha 18 anos, então a minha vida foi mais compartilhada com minha mãe, minha amiga e companheira, que eu julgava ser uma pessoa frágil, dependente, mas que nos momentos cruciais das nossas vidas ela demonstrou uma fibra e coragem que eu, mais jovem, não tinha.  Ela me surpreendeu com suas atitudes sábias, que me serviram de exemplo e me fizeram admirá-la e amá-la ainda mais, e que estreitaram ainda mais nossos laços,  até seu falecimento aos 86 anos de idade.

Terezinha

Maria Terezinha Folhadella Costa

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Lembranças - Infância, adolescência e adulto

Saia justa e hilário

Um sonho de criança, ter um cachorro que se chama Príncipe. Promessa do meu pai que dizia o seguinte:

- Olha, seu cachorro será muito especial, pois a cabeça estará no lugar do rabo e o rabo ficará no lugar da cabeça. 

Hilário!

Até hoje, como agora, a lembrança desse cachorro "diferente", como um presente que nunca recebi, retorna em minhas memórias.

Ainda criança, eu também me trancava no quarto de uma tia, onde ela tinha uma coleção de perfumes e lá eu me fartava, passando todas aquelas fragrâncias, achando, inocentemente, que ela não perceberia.

​

.

Hilário!

E meu cachorro Príncipe continua nas minhas lembranças!

Certa vez, um de meus alunos, demonstrando todo seu carinho, me presenteou com uma manga, produzida no quintal de sua casa. E, com grande preocupação, me lembrou que aquela fruta tinha um caroço muito grande e eu deveria ter cuidado para não me engasgar. Mas, quem ama cuida!

Hilário!

E, nas minhas lembranças volto ao meu cachorro Príncipe!

Saudades da minha infância e doces lembranças do meu cachorro Príncipe.

Como jovem adulta, lembro-me das cerimônias do meu casamento e das "boda de ouro" dos meus pais, realizados no mesmo. 

E eu que sempre fora chamada de "filha da menopausa"

Hilário"

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Terezinha 1.png

A igreja estava totalmente decorada e, por duas cerimônias concomitantes, estavam presentes muitos parentes e amigos. 

Meu noivo havia escolhido o padre, sendo um velhinho muito dedicado e que já era conhecido dos eventos da família.

A cerimônia teve algo peculiar, pois foram dispostas duas cadeiras para os meus pais (bem idosos) sentarem-se em frente ao altar. Contudo, o padre, como dito "velhinho", atrapalhou-se e destinou esses lugares não para eles, mas para mim e meu noivo. E como toda noiva, o vestido era muito justo, quase me enforcou, pois ficando sentada, por um longo tempo, quase não consegui respirar.

Ah, como torci para a cerimônia terminar, mas, o "velhinho nada de encerrar. Contando história e mais histórias sem fim!

Hilário!

Nilva

Nilva Apparicio

O amor sempre encontra o caminho entre nossos sonhos e fantasias, para chegar ao nosso coração.

 

Família = Bem maior

Odila

Odila Luisa de Freitas Manfio

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Memórias da minha infância

Figura presente e sempre marcante,  na minha infância ,foi  Meu Pai.

 De  modo especial, lembro-me de que sentada no seu colo ,ou deitada na minha cama,

ouvia as histórias que ele lia ou me contava. Dele ganhei, também ,meu primeiro livro :

" Os Três Porquinhos " (Joseph Jacobs) .

 

Mais crescidinha, ensinou-me a declamar. Decorada a poesia, punha-me em pé, aos pés

da sua cama ,de onde ,deitado , "tomava-me os versos" ,ensinando-me os gestos ,a entonação.

Papai tinha uma cultura sólida. Foi um leitor contumaz, devorador de obras literárias ,poemas . fatos

históricos nacionais ,mundiais. Estava sempre atualizado e sempre me dizia que : "Quem lê ,sabe mais."

Sem dúvida, Meu Pai abriu-me os horizontes para a leitura  e, assim , compreendi o que as palavras transmitem

através do seu significante e significado. 

Sou grata a Meu Pai. Reconheço o legado que me deixou : o ardor pelo saber que palpita em mim.

Obrigada, Papai.

Sonia

Sonia Elizabet Zanini dos Santos

Quando mergulho em minhas memórias vem a tona muitas lembranças, muitas com momentos bons e outras não  tão  bons, a mais importante que parece em primeiro lugar é  a família...
Neste resgate de memórias, tem as recentes, que é a família que construi, que hoje me considero uma mulher feliz e realizada, sou casada a 40 anos e tenho 4 filhas maravilhosas e presentes em nossas vidas, 3 casadas, 3 genros e um casal de netinhos que são a razão do meu viver...
No entanto a que mais deixou marcas foram as do passado, as da minha infância e juventitude, pois meus pais lutaram muito p/ dar o melhor p/ os filhos, comida e estudo, mas o amor e carinho nunca faltaram para mim e nem aos meus 2 irmãos, e com toda essa dificuldade, foi que aprendi os valores de uma família, o amor, união e a perseverança foi o alicerce que me fez ser a pessoa que sou hoje.
Moravamos em uma pequena  casa simples no interior  de S.Paulo.
Meu pai era eletricista e por muitos considerado como o melhor da cidade, homem honesto e muito inteligente, nunca foi à escola, ele  aprendeu sozinho escrever o seu nome e a ler juntando as letras do alfabeto vendo os seus primos estudarem.
Minha mãe uma mulher pequena e frágil, mas uma guerreira, estudou até o 4° ano primário, costureira, costurava até  altas horas da noite para ajudar o meu pai nas despesas da família, costurava qualquer  modelo que lhe pediam, além  das costuras, fazia tricot, bordava e as vezes crochetava, além da costura ela gostava mesmo era de fazer kits para bebês, sapatinhos, mantas, casaquinhos e gorros. Cresci aprendendo costura com a minha mãe e nas horas vagas eu ajudava nos arremates das costuras, pregava botões e fazia barras de calça e vestidos.
E com a vivência com a minha mãe, foi onde aprendi e tomei gosto pela arte.

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Vera

Vera Maria Guimarães Trinkl

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Tinha 7 anos, mais ou menos. morava com meus adoráveis pais, 2 irmãs e uma tia. Era tempo de Natal! A casa toda enfeitada com uma lindo presente e uma bela árvore enfeitada por nós. Todo dia 24 de dezembro após o almoço, nós irmãs íamos deitar para esperar o trenó de Papai Noel trazer nossos presentes. Que expectativa, o coração batia fortemente. De repente ouvi a aquele som maravilhoso e observava que minha irmã mais velha havia se levantado. Era chegada a hora. Desci as escadas, uma visão mágica da sala cheia de presentes. E o Papai Noel? perguntava. Ele foi levar para outras casas. Ficava pensativa, mas o som daquele trenó era maior que tudo. Alguns ano se repetia a cena até quando soube que não existia Papai Noel. Que tristeza, o natal perdeu sua magia, mas a recordação daquele som e da visão do trenó com o Papai Noel permanece até hoje na minha memória. esta cena ninguém tira de mim.

Minha vida de casada era muita tranquila, situação financeira excelente. Quando casei parei e trabalhar como secretária. Era artesã, fazia bijuterias, tudo para me distrair. Com o decorrer dos tempos meu marido foi perdendo bons empregos e percebi que necessitava tomar providências. Há mais de 20 anos não estudava mais. Algo teria que ser feito. Me matriculei num cursinho aos 39 anos e prestei vestibular para fazer psicologia. Entrei, comecei uma nova vida, muitas mudanças aconteceram. Foi a melhor coisa que fiz na minha vida. Me sentia uma estudante igual as minhas colegas, com idade para serem meus filhos. Evolui como pessoa, enfrentei batalhas que abriram novos horizontes. Estagiei num trabalho com dependentes químicos, em uma comunidade terapêutica. Lá fiquei até os 68 anos de idade, quando me aposentei. Este trabalho mudou muito meu olhar pela vida, entrando em outra em outra realidade, sempre dura, os excluídos, mas me senti realizada em poder ajudar várias pessoas tão infelizes e suas famílias disfuncionais e desesperadas. Esta foi minhas missão pela vida. Só tenho a agradecer a Deus por esta oportunidade.

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Esta pessoa maravilhosa chama-se Graziela. Sempre moramos em cidades diferentes, ela em São Paulo e eu em Campinas. Ainda criança escrevia cartinhas para mim. Era uma graça. Não havia celular, nem whatsapp. Chegou o dia em que ela iria ser Crismada. E ela me escolheu para ser sua madrinha. Que felicidade! Com todo o gosto aceitei essa missão. Daí para frente nossos elos, nossa identificações foram nos unindo mais e mais. Ela vinha passar os carnavais em Campinas. Era chamada mãe de carnaval. Como nos divertíamos! Graziela, minha fofinha, como a chamo carinhosamente, se tornou como uma filha das mais amorosa, dedicada, sempre pronta a me ajudar. Quando ela e o marido viajavam, ia para sua casa e  fico com seus filhos. O filho mais moço, quando era melhor, me chamava de avó. Ela faz parte da minha vida em muitas horas , uma pessoal especial. Eu a amo demais. Agradeço muito a Deus por ela existir!

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